Um assunto que também vem me interessando muito, seja como professor, profissional de marketing, seja pai, seja como líder de projetos de consultoria, é a compreensão das novas gerações Y e Z e sobre como essa gente aprende, decide, pelo que se interessam, suas necessidades, desejos e expectativas.
Por isso, convidei a Juliana Leal, ex-aluna do MBA de Marketing da FGV e que atualmente é pesquisadora das Gerações Y e Z, que escrevesse algumas das suas recente conclusões sobre o assunto no blog.
Espero que apreciem.
Newton
GERAÇÕES Y E Z COMANDAM O MERCADO
Os anos 80 são considerados anos de ouro para muita gente, especialmente para pessoas nascidas em 1960 e 70, denominadas Geração X. Faço parte dessa tribo e lembro até hoje, com muito carinho, das festas que bombavam ao som de new wave, do Rock in Rio I, das diretas já, da vida menos acelerada e do nascimento de novas criaturas que estavam chegando ao mundo para deixar sua marca registrada.
Começa então o “drama” do nascimento da geração Y ou a geração da internet. Mas o que isso quer dizer?
Segundo o artigo publicado no jornal O Estadão de São Paulo, de Robson Samuelso, “o conflito de gerações persiste em um elemento básico da análise social e política americana. A noção de que circunstâncias particulares e as experiências de cada grupo bem-sucedido o imbui com percepções, crenças e valores distintos parece intuitivamente racional e atraente. É também lisonjeira. Numa cultura de mercado de massas, pertencer a um grupo distinto, mesmo que englobe muitos milhões, contribui para um sentido de identidade. Numa pesquisa Gallup, feita em 1969, 74% dos americanos acreditavam no conflito de gerações. Uma pesquisa realizada no ano passado indicou que, hoje, 79% acreditam nisso.”
Especialistas em comportamento do consumidor e de marketing respondem muito bem a esta questão. No período de 1980 à 1994 estava nascendo consumidores altamente exigentes, podendo dizer, altamente autoconfiantes, pessoas inovadoras e de uma personalidade fora do padrão conhecido como obediência. Essas pessoas mandam, e mandam pra valer. A lei do universo na era da geração Y é a obediência reversa.
Resumindo tudo isso, a geração Y é a primeira geração verdadeiramente digital. Três quartos dos jovens criaram um perfil no Facebook ou em algum outro site social. Somente metade da geração X e 30% dos baby boomers se interessam por isso. Um quinto dos jovens da geração Y postou vídeos deles próprios na internet, muito mais do que os da geração X (6%) ou a geração mais velha (2%).
Sob muitos aspectos, os jovens da geração Y expandem muito pouco as tendências sociais. Desde o fim do alistamento militar, nos anos 70, a prestação do serviço ficou mais rara. Apenas 2% da geração Y é veterana; numa idade similar, 13% da velha geração e 24% dos mais velhos serviram o Exército.
Para esta geração, a lei que rege este universo revolucionário é:
Quem mandava no mundo não manda mais.
A indústria mandava no varejo.
O varejo impera no mundo das negociações.
Hoje, eles, os consumidores transformadores ditam as regras que muitas marcas estão seguindo.
Muita exigência? Nada, o pior é o que veio depois ... a geração Z. Considerados como os apressadinhos da web, nascidos a partir de 1995.
São crianças e adolescentes que já nasceram em contato direto com a internet, a velocidade da informação e as novas tecnologias. Mas como é o comportamento dessa geração e como estarão preparados para o mercado de trabalho?
Para esta geração é impossível imaginar um mundo sem internet, telefones celulares, computadores, iPods, videogames, televisores e vídeos em alta definição e cada vez mais novidades neste ramo. Todas essas informações também influenciarão nas escolhas que farão em suas profissões. “Um jovem, hoje, tem uma forma de pensar e agir que é diferente das geração anterior e o mercado tem se organizado para potencializar isso à seu favor”, diz Shirlei Resende, pedagoga.
Outra característica desses profissionais do futuro será a aptidão para fazer várias tarefas ao mesmo tempo, e as empresas precisarão gerenciar essa agilidade.
Segundo a coordenadora de colégio, Silvana Leporace, o mercado recebe essa geração com uma expectativa de uma auto-gestão, que realmente saibam administrar a carreira deles. “Sejam pessoas com iniciativa e empreendedores, porque as situações são tão rápidas hoje que eles precisam gerir a própria profissão, a carreira profissional. Então acho que isso eles devem aprender, trabalhar em equipe, ter liderança, iniciativa e a auto-gestão: a situação mais importante para eles”.
Segundo a coordenadora de colégio, Silvana Leporace, o mercado recebe essa geração com uma expectativa de uma auto-gestão, que realmente saibam administrar a carreira deles. “Sejam pessoas com iniciativa e empreendedores, porque as situações são tão rápidas hoje que eles precisam gerir a própria profissão, a carreira profissional. Então acho que isso eles devem aprender, trabalhar em equipe, ter liderança, iniciativa e a auto-gestão: a situação mais importante para eles”.
Aqui vai uma dica para quem lida com essas gerações:
Cuidem do item ouvir e de flexibilidade na vida de vocês.
Na verdade a era é da humildade.
O outro sempre sabe mais do que a gente.
Filosofando um pouco, e sem deixar meu pedestal de geração X: cuidado, pois até o homem está querendo interferir no que Deus fez.
Juliana Leal*
*Juliana Leal é Especialista em Marketing pela FGV, formada em Comunicação Social (PUC-Rio), Master em Programação Neurolinguística. Hoje atua como pesquisadora e consultora de Marketing em projetos da FGV, e realiza Coaching de executivos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário