sábado, 19 de junho de 2010

O cheiro faz aumentar a lembrança do produto

Você prefere um lápis perfumado? Um borracha com cheiro? Bola de tênis? Pneus? E o cheirinho do carro novo? Você pode não ligar pra cheiro, ou mesmo tentar evitâ-los, mas o neuromarketing  afirma que as pessoas lembram mais de um produto se este é associado à um perfume.



Foi realizada uma pesquisa por 3 estudiosos sobre o assunto e segundo os pesquisadores Aradhna Krishna (University of Michigan), May Lwin (Nanyang Technological University, Singapore) e Maureen Morrin (Rutgers University) os “odores dos produtos podem ser particularmente eficazes na melhoria da memória para informações sobre o produto, em função da sua capacidade para melhorar a especificidade de um produto dentro do seu contexto circundante”. O aroma reforça o caráter distintivo de um produto, ajudando os consumidores a lembrar positivamente dele.

No estudo, os autores tiveram 151 participantes  a avaliarem lápis que foram perfumados com aromas de pinho (comum), ou perfumados com o cheiro da árvore do chá (pouco frequente). Eles descobriram que na memória dos participantes ficava muito mais registrado o lápis com cheiro pouco comum, e que o efeito era ainda mais acentuado depois de um tempo...

Outro experimento testou os efeitos do cheiro ambiente. Os pesquisadores descobriram que a recordação de todos os objetos em um ambiente foi melhorada com um aroma do ambiente, a retirada dos produtos individuais não foi praticamente notado. Se quiser ver o documento completo "Product Scent and Memory", é só clicar aqui.

Não nos resta dúvidas da importância dos odores e de distinguirmos ao máximo nossos produtos no mercado. E essa pode ser mais uma forma de diferenciarmos positivamente os nossos produtos e serviços. Claro, que sempre dentro de um limite, para não ficar exagerado ou desagradável, e causar uma lembrança ruim.

Mas a dúvida que fica lá no fundo é: qual seria o efeito em nossos cérebros se todos os produtos passassem a ser perfumados…? 

Abraços,
Newton



sexta-feira, 4 de junho de 2010

Gerações Y e Z



Um assunto que também vem me interessando muito, seja como professor, profissional de marketing, seja pai, seja como líder de projetos de consultoria, é a compreensão das novas gerações Y e Z e sobre como essa gente aprende, decide, pelo que se interessam, suas necessidades, desejos e expectativas.

Por isso, convidei a Juliana Leal, ex-aluna do MBA de Marketing da FGV e que atualmente é pesquisadora das Gerações Y e Z, que escrevesse algumas das suas recente conclusões sobre o assunto no blog.

Espero que apreciem.

Newton

GERAÇÕES Y E Z COMANDAM O MERCADO

Os anos 80 são considerados anos de ouro para muita gente, especialmente para pessoas nascidas em 1960 e 70, denominadas Geração X. Faço parte dessa tribo e lembro até hoje, com muito carinho, das festas que bombavam ao som de new wave, do Rock in Rio I, das diretas já, da vida menos acelerada e do nascimento de novas criaturas que estavam chegando ao mundo para deixar sua marca registrada.

Começa então o “drama” do nascimento da geração Y ou a geração da internet. Mas o que isso quer dizer?

Segundo o artigo publicado no jornal O Estadão de São Paulo, de Robson Samuelso, “o conflito de gerações persiste em um elemento básico da análise social e política americana. A noção de que circunstâncias particulares e as experiências de cada grupo bem-sucedido o imbui com percepções, crenças e valores distintos parece intuitivamente racional e atraente. É também lisonjeira. Numa cultura de mercado de massas, pertencer a um grupo distinto, mesmo que englobe muitos milhões, contribui para um sentido de identidade. Numa pesquisa Gallup, feita em 1969, 74% dos americanos acreditavam no conflito de gerações. Uma pesquisa realizada no ano passado indicou que, hoje, 79% acreditam nisso.”

Especialistas em comportamento do consumidor e de marketing respondem muito bem a esta questão. No período de 1980 à 1994 estava nascendo consumidores altamente exigentes, podendo dizer, altamente autoconfiantes, pessoas inovadoras e de uma personalidade fora do padrão conhecido como obediência. Essas pessoas mandam, e mandam pra valer. A lei do universo na era da geração Y é a obediência reversa.

Resumindo tudo isso, a geração Y é a primeira geração verdadeiramente digital. Três quartos dos jovens criaram um perfil no Facebook ou em algum outro site social. Somente metade da geração X e 30% dos baby boomers se interessam por isso. Um quinto dos jovens da geração Y postou vídeos deles próprios na internet, muito mais do que os da geração X (6%) ou a geração mais velha (2%).

Sob muitos aspectos, os jovens da geração Y expandem muito pouco as tendências sociais. Desde o fim do alistamento militar, nos anos 70, a prestação do serviço ficou mais rara. Apenas 2% da geração Y é veterana; numa idade similar, 13% da velha geração e 24% dos mais velhos serviram o Exército.

Para esta geração, a lei que rege este universo revolucionário é:
Quem mandava no mundo não manda mais.
Os pais mandavam nos filhos, agora mandam os filhos.
A indústria mandava no varejo.
O varejo impera no mundo das negociações.
O mundo da moda ditava o que as pessoas usariam. Hoje cada um usa o que quer.
As marcas impunham seus produtos aos clientes.

Hoje, eles, os consumidores transformadores ditam as regras que muitas marcas estão seguindo.

Muita exigência? Nada, o pior é o que veio depois ... a geração Z. Considerados como os apressadinhos da web, nascidos a partir de 1995.

São crianças e adolescentes que já nasceram em contato direto com a internet, a velocidade da informação e as novas tecnologias. Mas como é o comportamento dessa geração e como estarão preparados para o mercado de trabalho?

Para esta geração é impossível imaginar um mundo sem internet, telefones celulares, computadores, iPods, videogames, televisores e vídeos em alta definição e cada vez mais novidades neste ramo. Todas essas informações também influenciarão nas escolhas que farão em suas profissões. “Um jovem, hoje, tem uma forma de pensar e agir que é diferente das geração anterior e o mercado tem se organizado para potencializar isso à seu favor”, diz Shirlei Resende, pedagoga.

Outra característica desses profissionais do futuro será a aptidão para fazer várias tarefas ao mesmo tempo, e as empresas precisarão gerenciar essa agilidade.

Segundo a coordenadora de colégio, Silvana Leporace, o mercado recebe essa geração com uma expectativa de uma auto-gestão, que realmente saibam administrar a carreira deles. “Sejam pessoas com iniciativa e empreendedores, porque as situações são tão rápidas hoje que eles precisam gerir a própria profissão, a carreira profissional. Então acho que isso eles devem aprender, trabalhar em equipe, ter liderança, iniciativa e a auto-gestão: a situação mais importante para eles”.

Aqui vai uma dica para quem lida com essas gerações:

Cuidem do item ouvir e de flexibilidade na vida de vocês.
Na verdade a era é da humildade.

O outro sempre sabe mais do que a gente.

Filosofando um pouco, e sem deixar meu pedestal de geração X: cuidado, pois até o homem está querendo interferir no que Deus fez.


Juliana Leal*


*Juliana Leal é Especialista em Marketing pela FGV, formada em Comunicação Social (PUC-Rio), Master em Programação Neurolinguística. Hoje atua como pesquisadora e consultora de Marketing em projetos da FGV, e realiza Coaching de executivos.


terça-feira, 1 de junho de 2010

O que nos motiva?

Em tempos onde cada vez mais procuramos uma maneira diferente de mobilizar, envolver, motivar e engajar as pessoas, segue um vídeo excelente, com um trecho de uma palestra do inglês Dan Pink, sobre como, às vezes, nós fazemos avaliações erradas nesse sentido.

É bem corrido mas a ilustração do pessoal da Cognitive Media ajuda bastante na compreensão...


Muito bom!

E acho que fica a reflexão... Estamos incentivando nossos funcionários da maneira certa? Ou mesmo: estamos nos motivando corretamente?

As descobertas trazem conclusões interessantes sobre o esforço de motivar pessoas... uma abordagem diferente das tradicionais (de Sigmund Freud, de Abraham Maslow, de Frederick Herzberg, da PNL etc.) que vale a pena conferir.

É sempre bom reavaliarmos as estratégias de tempos em tempos.

Espero que gostem...


Abraços,
Newton