quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Gestão Empresarial de Escritório de Arquitetura e Design de Interiores

Já há alguns anos, ao ministrar palestras para o segmento de arquitetos e designers de interiores percebo a demanda por mais conhecimento sobre a gestão do escritório, gerência de projetos e relacionamento com clientes. É comum, ao término das palestras, vários profissionais me abordarem para comentar essa necessidade.

Assim, este ano, eu e a arquiteta Paula Neder, nos juntamos e desenhamos um curso sob medida para esse segmento. Com todo o suporte e expertise da FGVManagement ofereceremos a partir deste mês, mais precisamente com início previsto para 24 de setembro, o curso de Gestão Empresarial de Escritórios de Arquitetura e Design de Interiores. 







Os associados da ABD que apresentarem a carteira 2010 terão desconto de 10% no curso.

Para maiores informações clique aqui. Quem se interessar, é melhor correr pois restam poucas vagas... 

Estamos certos de que vocês irão gostar muito!

Abraços,
Newton

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O que podemos aprender com o serviço da Apple Store


O blogueiro Drew McLellan correu Apple Stores por todos os EUA e reparou que a dona da logo da maçã mordida não é uma das marcas mais reverenciadas e amadas do mundo à toa.

Em todas as lojas o serviço era muito, muito similar: clientes mexendo em iPods, iPads, Macbooks e iMacs.

Então seguem algumas coisas que podemos aprender com o excelente serviço da Apple (afinal eles venderam mais de 3 milhões de iPads em 80 dias):

1 - Acesso ao produto - Cada loja é basicamente um showroom gigante. E o cliente tem liberdade total para entrar na internet, atualizar o Facebook ou mesmo brincar com os softwares sem ser importunado.

2 - O atendimento não fica somente atrás do balcão - Os atendentes (normalmente de azul ou de preto) sempre se mostram dispostos a explicar como as coisas funcionam, tiram dúvidas e permanecem à disposição na medida certa, sem excessos.


3 - Não existem muitas filas.. os próprios atendentes que fecham o negócio e já passam o seu cartão ali mesmo no meio da loja. Eles podem imprimir o recibo ou mesmo enviar por e-mail caso queira...(parece muita facilidade mas hoje em dia qualquer botequim já tem máquina de cartão de crédito sem fio...) Se você precisar de uma bolsa (e as da Apple são bem legais, com cordinha) existem dispensers pela loja para facilitar.

4 - Treinamento - Os atendentes não estão ali por acaso. Cada um deles além de ter sido super treinado é realmente fanático pela marca. E conhecem muito, muito mesmo do produto. Uma vez fui sondar o preço de um iMac aqui na filial do Shopping Fashion Mall e o atendente, de uma maneira muito simpática, ficou brincando comigo se eu não estava cansado da bolinha do meu Blackberry (tentando me convencer que o iPhone era muito melhor).

Todo mundo poderia ter um serviço dessa qualidade... E por quê vocês acham que não existem tantos assim?

Deixo a pergunta com vocês... mas para mim, a resposta é clara...

Abraços,
Newton

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Segmentar pra satisfazer


Observo a muito tempo que cresce cada vez mais a demanda por produtos extremamente customizados e um atendimento personalizado ao máximo. 

Acredito realmente que, de uns 10 anos para cá, com o surgimento do Código de Defesa do Consumidor e outras nuances mercadológicas, entramos na "Era do Cliente Nunca Satisfeito", o que faz com todos os prestadores de serviços passem a ter a necessidade de se adequarem rapidamente a novos aspectos do segmento em que atuam.

Assim, como não poderia deixar de responder a essa nova característica dos mercado, reuni minha equipe e reorganizei todos os nossos produtos e serviços, criando duas áreas de atuação distintas da minha empresa: consultoria e treinamento.


Anteriormente, possuíamos somente uma marca, a Bluebeacon, que abrangia projetos de consultoria e treinamento.


Contudo, percebemos que apesar dos assuntos estarem intimamente relacionados, os clientes demandavam algo mais especializado e específico para atendimento de suas demandas. Assim, criamos o GrupoBlueWay, que englobará a Bluebeacon, focada em treinamento, e a recém criada Blueocean, que possuirá foco exclusivo em projetos de consultoria empresarial.
Sem mais delongas, convido vocês a conhecerem nosso novo website e seu conteúdo em www.grupoblueway.com.br


E, como estamos falando da "Era do Cliente Nunca Satisfeito", os cinco primeiros leitores que acessarem o novo site do GrupoBlueWay e enviarem seus comentários para o Blog, ganharão um par de ingressos para assistirem à peça "Os Insatisfeitos", em cartaz no Teatro Cândido Mendes, em Ipanema. Já assisti e posso garantir que vale a pena!

Abraços,
Newton

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O futuro é agora!


Vídeo muito interessante que encontrei com uma palestra do Tim O’ Reilly, fundador da O’Reilly Media, uma empresa muito bem sucedida que publica livros, revistas, sites e produz conferencias e palestras com temas voltados para esse mundo virtual...



Quem quiser ver mais, pode acessar o O’ Reilly Media You Tube Channel, que apresenta mais de mil vídeos.

Há muita coisa legal... Vale a pena.

Abraços,
Newton

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Inovando sempre

Como eu costumo comentar por aqui, INOVAÇÃO é uma palavra muito importante. As grandes empresas buscam isso o tempo todo.


Olha o teaser que essa empresa criou, que legal... Parece uma empresa supernova, inovadora, jovem...





Deixa as pessoas curiosas, pois eles não falam no nome da empresa... e quando elas descobrem qual é... é o pequeno Itaú.


Muito legal e bem diferente a ideia.


E você? Tem buscado isso gerenciando a sua equipe? Deixa seus funcionários livres para sugerir e propor novas coisas?


É sempre bom pensar nisso.

Abraços,
Newton

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ford Explorer: campanha pelo Facebook


Não é à toa que sempre falo nas redes sociais aqui no meu blog como ferramenta forte de marketing. Quem pensa em estratégia, serviço e novos caminhos tem que abrir o olho para isso.


A Ford resolveu aderir e esse ano lançou seu Ford Explorer pela platarforma virtual do Facebook.


O carro foi primeiro mostrado pelo Facebook. E depois eles foram revelando cada passo em tempo real envolvendo ainda mais os fãs.

A campanha foi enorme e eles envolveram mais de 50 milhões de fãs pelo mundo todo. Conseguiram espaço nas TVs e jornais mais importantes como CNN, NY Times, Washington Post, etc.

A estratégia funcionou totalmente e foi considerada por eles como um dos lançamentos mais bem sucedidos que já realizaram.

Incrível. Pense em como você poderá utilizar essa ferramenta na sua próxima campanha de divulgação.

Abraços,
Newton

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Argumentos Renovados


Um dos vídeos mais acessados sobre a importância das mídias sociais no mundo teve agora a sua atualização, que eles mesmo chamam de refresh.

Com novos dados, eles provam, para os mais céticos, a importância que a rede social vem causando não só nos jovens como em todos da sociedade atual.

Vale a pena.




quinta-feira, 8 de julho de 2010

Empresas x Redes Sociais ou Empresas + Redes Sociais?


Com esse avanço das mídias sociais fica muito difícil para as empresas controlarem o que é dito a respeito delas. Se começarem a falar mal de uma empresa numa rede social, por exemplo, isso pode ter um poder enorme. 
  
Uma idéia boa e que muitas empresas grandes têm aderido é criar um perfil nas redes sociais, eventualmente gerar conteúdo que tenha a ver com a marca. Com isso, se consegue juntar ali vários defensores da marca e vai se criando um público fiel. Se, por ventura, começar a surgir algum boato ou falarem alguma coisa negativa da corporação, esses seguidores atuarão como defensores da marca.

A rede de cafés Starbucks, por exemplo, investe pesado nas redes sociais, o que só ajuda a fortalecer a marca dela e a vender os conceitos e produtos novos que ela quer emplacar. Eles criam promoções em Twitter, Facebook, Brightkite, Foursquare, YouTube, MyStarbucksIdea.com e Starbucks.com. E ainda fazem algumas ações voltadas só para o público de celular. Com isso pegam quase todos os perfisajudam a marca a crescer ainda mais.



Outra coisa que pode acontecer cada vez mais, é os funcionários usarem mais e mais as redes sociais, tanto no trabalho, quanto fora. Um dos mitos que existe é pensarem que os funcionários vão perder tempo de trabalho navegando nas redes sociais. Mas atualmente, com a disseminação dos smartphones a pessoa vai ficar conectada 24h, participando das redes de qualquer maneira. Percebendo isso, muitas empresas já criaram redes sociais dentro delas próprias para os funcionários se comunicarem.

É fundamental que se pense e defina uma política de rede social para a empresa. Caso contrário pode ocorrer o que já está acontecendo com muitas empresas: os funcionários falam segredos e estratégias da empresas pelas redes sociais, ajudando, sem querer, os concorrentes.

O mundo se modernizou e é preciso acompanhar as novas idéias.

Abraços,
Newton.



quarta-feira, 7 de julho de 2010

140 toques que podem acabar com sua empresa.

A busca por relevância nas redes sociais é um desafio enorme para o meio corporativo. Normalmente encontramos na internet várias dicas do quê e de como fazer.


Pesquisando sobre o assunto encontrei essa interessante apresentação de uma aluna que fez dessa questão seu projeto final de curso. Só que ela focou em alguns cases que deram errado e propôs esse "manual" de como NÃO posicionar sua empresa no Twitter. Vale dar uma olhada...


Como acabar com sua #empresa em apenas 140 caracteres



Muito interessante.


Quem quiser ler toda a monografia basta clicar aqui.


Abraços,
Newton





sábado, 19 de junho de 2010

O cheiro faz aumentar a lembrança do produto

Você prefere um lápis perfumado? Um borracha com cheiro? Bola de tênis? Pneus? E o cheirinho do carro novo? Você pode não ligar pra cheiro, ou mesmo tentar evitâ-los, mas o neuromarketing  afirma que as pessoas lembram mais de um produto se este é associado à um perfume.



Foi realizada uma pesquisa por 3 estudiosos sobre o assunto e segundo os pesquisadores Aradhna Krishna (University of Michigan), May Lwin (Nanyang Technological University, Singapore) e Maureen Morrin (Rutgers University) os “odores dos produtos podem ser particularmente eficazes na melhoria da memória para informações sobre o produto, em função da sua capacidade para melhorar a especificidade de um produto dentro do seu contexto circundante”. O aroma reforça o caráter distintivo de um produto, ajudando os consumidores a lembrar positivamente dele.

No estudo, os autores tiveram 151 participantes  a avaliarem lápis que foram perfumados com aromas de pinho (comum), ou perfumados com o cheiro da árvore do chá (pouco frequente). Eles descobriram que na memória dos participantes ficava muito mais registrado o lápis com cheiro pouco comum, e que o efeito era ainda mais acentuado depois de um tempo...

Outro experimento testou os efeitos do cheiro ambiente. Os pesquisadores descobriram que a recordação de todos os objetos em um ambiente foi melhorada com um aroma do ambiente, a retirada dos produtos individuais não foi praticamente notado. Se quiser ver o documento completo "Product Scent and Memory", é só clicar aqui.

Não nos resta dúvidas da importância dos odores e de distinguirmos ao máximo nossos produtos no mercado. E essa pode ser mais uma forma de diferenciarmos positivamente os nossos produtos e serviços. Claro, que sempre dentro de um limite, para não ficar exagerado ou desagradável, e causar uma lembrança ruim.

Mas a dúvida que fica lá no fundo é: qual seria o efeito em nossos cérebros se todos os produtos passassem a ser perfumados…? 

Abraços,
Newton



sexta-feira, 4 de junho de 2010

Gerações Y e Z



Um assunto que também vem me interessando muito, seja como professor, profissional de marketing, seja pai, seja como líder de projetos de consultoria, é a compreensão das novas gerações Y e Z e sobre como essa gente aprende, decide, pelo que se interessam, suas necessidades, desejos e expectativas.

Por isso, convidei a Juliana Leal, ex-aluna do MBA de Marketing da FGV e que atualmente é pesquisadora das Gerações Y e Z, que escrevesse algumas das suas recente conclusões sobre o assunto no blog.

Espero que apreciem.

Newton

GERAÇÕES Y E Z COMANDAM O MERCADO

Os anos 80 são considerados anos de ouro para muita gente, especialmente para pessoas nascidas em 1960 e 70, denominadas Geração X. Faço parte dessa tribo e lembro até hoje, com muito carinho, das festas que bombavam ao som de new wave, do Rock in Rio I, das diretas já, da vida menos acelerada e do nascimento de novas criaturas que estavam chegando ao mundo para deixar sua marca registrada.

Começa então o “drama” do nascimento da geração Y ou a geração da internet. Mas o que isso quer dizer?

Segundo o artigo publicado no jornal O Estadão de São Paulo, de Robson Samuelso, “o conflito de gerações persiste em um elemento básico da análise social e política americana. A noção de que circunstâncias particulares e as experiências de cada grupo bem-sucedido o imbui com percepções, crenças e valores distintos parece intuitivamente racional e atraente. É também lisonjeira. Numa cultura de mercado de massas, pertencer a um grupo distinto, mesmo que englobe muitos milhões, contribui para um sentido de identidade. Numa pesquisa Gallup, feita em 1969, 74% dos americanos acreditavam no conflito de gerações. Uma pesquisa realizada no ano passado indicou que, hoje, 79% acreditam nisso.”

Especialistas em comportamento do consumidor e de marketing respondem muito bem a esta questão. No período de 1980 à 1994 estava nascendo consumidores altamente exigentes, podendo dizer, altamente autoconfiantes, pessoas inovadoras e de uma personalidade fora do padrão conhecido como obediência. Essas pessoas mandam, e mandam pra valer. A lei do universo na era da geração Y é a obediência reversa.

Resumindo tudo isso, a geração Y é a primeira geração verdadeiramente digital. Três quartos dos jovens criaram um perfil no Facebook ou em algum outro site social. Somente metade da geração X e 30% dos baby boomers se interessam por isso. Um quinto dos jovens da geração Y postou vídeos deles próprios na internet, muito mais do que os da geração X (6%) ou a geração mais velha (2%).

Sob muitos aspectos, os jovens da geração Y expandem muito pouco as tendências sociais. Desde o fim do alistamento militar, nos anos 70, a prestação do serviço ficou mais rara. Apenas 2% da geração Y é veterana; numa idade similar, 13% da velha geração e 24% dos mais velhos serviram o Exército.

Para esta geração, a lei que rege este universo revolucionário é:
Quem mandava no mundo não manda mais.
Os pais mandavam nos filhos, agora mandam os filhos.
A indústria mandava no varejo.
O varejo impera no mundo das negociações.
O mundo da moda ditava o que as pessoas usariam. Hoje cada um usa o que quer.
As marcas impunham seus produtos aos clientes.

Hoje, eles, os consumidores transformadores ditam as regras que muitas marcas estão seguindo.

Muita exigência? Nada, o pior é o que veio depois ... a geração Z. Considerados como os apressadinhos da web, nascidos a partir de 1995.

São crianças e adolescentes que já nasceram em contato direto com a internet, a velocidade da informação e as novas tecnologias. Mas como é o comportamento dessa geração e como estarão preparados para o mercado de trabalho?

Para esta geração é impossível imaginar um mundo sem internet, telefones celulares, computadores, iPods, videogames, televisores e vídeos em alta definição e cada vez mais novidades neste ramo. Todas essas informações também influenciarão nas escolhas que farão em suas profissões. “Um jovem, hoje, tem uma forma de pensar e agir que é diferente das geração anterior e o mercado tem se organizado para potencializar isso à seu favor”, diz Shirlei Resende, pedagoga.

Outra característica desses profissionais do futuro será a aptidão para fazer várias tarefas ao mesmo tempo, e as empresas precisarão gerenciar essa agilidade.

Segundo a coordenadora de colégio, Silvana Leporace, o mercado recebe essa geração com uma expectativa de uma auto-gestão, que realmente saibam administrar a carreira deles. “Sejam pessoas com iniciativa e empreendedores, porque as situações são tão rápidas hoje que eles precisam gerir a própria profissão, a carreira profissional. Então acho que isso eles devem aprender, trabalhar em equipe, ter liderança, iniciativa e a auto-gestão: a situação mais importante para eles”.

Aqui vai uma dica para quem lida com essas gerações:

Cuidem do item ouvir e de flexibilidade na vida de vocês.
Na verdade a era é da humildade.

O outro sempre sabe mais do que a gente.

Filosofando um pouco, e sem deixar meu pedestal de geração X: cuidado, pois até o homem está querendo interferir no que Deus fez.


Juliana Leal*


*Juliana Leal é Especialista em Marketing pela FGV, formada em Comunicação Social (PUC-Rio), Master em Programação Neurolinguística. Hoje atua como pesquisadora e consultora de Marketing em projetos da FGV, e realiza Coaching de executivos.


terça-feira, 1 de junho de 2010

O que nos motiva?

Em tempos onde cada vez mais procuramos uma maneira diferente de mobilizar, envolver, motivar e engajar as pessoas, segue um vídeo excelente, com um trecho de uma palestra do inglês Dan Pink, sobre como, às vezes, nós fazemos avaliações erradas nesse sentido.

É bem corrido mas a ilustração do pessoal da Cognitive Media ajuda bastante na compreensão...


Muito bom!

E acho que fica a reflexão... Estamos incentivando nossos funcionários da maneira certa? Ou mesmo: estamos nos motivando corretamente?

As descobertas trazem conclusões interessantes sobre o esforço de motivar pessoas... uma abordagem diferente das tradicionais (de Sigmund Freud, de Abraham Maslow, de Frederick Herzberg, da PNL etc.) que vale a pena conferir.

É sempre bom reavaliarmos as estratégias de tempos em tempos.

Espero que gostem...


Abraços,
Newton





segunda-feira, 24 de maio de 2010

Tempos modernos

Ainda dentro desse mesmo tema do post anterior, vi esse vídeo super interessante na internet sobre as novas mídias...





Com isso tive a idéia de pedir para o Leo Martinez, Diretor de Criação da Agência V+Z, escrever um artigo sobre esse tema. Martinez é especialista no tema e palestrante convidado em todas as minhas aulas de marketing da FGV, no Rio de Janeiro. É possível que quem foi meu aluno nos últimos anos já o conheça.


O artigo é muito bom.


Recomendo que leiam até o fim.


Abraços,
Newton


O caminho, a verdade e a luz dos novos tempos


É incontestável que a maneira como os clientes se relacionam com produtos e marcas mudou. Essa mudança tem causa, motivo e explicação. Com a evolução dos sistemas de comunicação em massa, a base da informação que nos relaciona muda, gerando novos códigos, canais e linguagens em comunicação - além de novos ruídos é claro.


E essa nova base da informação é que agora vem regendo essa nova e cultura, assim como os novos relacionamentos (sejam com as marcas, produtos ou mesmo interpessoais) e até uma nova economia.


O resultado disso tudo é um novo comportamento.


Só que as marcas, muito preocupadas com o hoje, com a curva de faturamento, com o ROI, com o trade, e com as pendências diárias, não conseguem parar e analisar essa “big picture”. O comportamento de focar nas pendências e não conseguir perceber as tendências é padrão.


Então a saída que encontram é tentar, em vão, utilizar soluções do modelo antigo na realidade nova. Um ótimo exemplo é o da bicicleta: as primeiras bicicletas tinham selim semelhantes a selas de cavalo.. Era onde o inventor entendia que era como se sentava numa estrutura do modelo anterior. São inúmeros os exemplos: um banner que nada mais é do que um outdoor dentro da tela, ou o spam que é a versão digital da mala-direta.


No momento estamos no meio dessa mudança, e ela ocorre cada dia mais rápido. Perceba a dificuldade que os que não pertencem à geração Y têm com a linguagem de instant messaging - MSN, BBM, Gtalk, etc . Nós - acontece comigo também - fomos criados para escrever numa narrativa de monólogo, você escrevia sua carta contando tudo e a pessoa respondia tudo. Já hoje quando se demora um pouco na resposta, o assunto muda, e muitas vezes os dois tentam em vão se entender no meio de dois ou mais assuntos diferentes - essa resposta foi pra qual pergunta afinal?


O altíssimo investimento em mídias tradicionais ainda reflete esse momento de mudança de entendimento do mundo pelas marcas. Mas o surgimento, a cada dia, de novas e mais elaboradas ferramentas, usos e maneiras de se atingir esse consumidor já muda esse quadro de maneira irreversível.
Isso porque o consumidor-target está cada dia mais saturado e se defende da explosão de mídia e da avalanche de impulsos sensoriais que lhe é empurrado diariamente. É a hora das marcas se preocuparem mais com o que fica de residual nesse consumidor após alguma experiência: seja ela de serviço, compra ou mesmo apenas conceitual e intuitiva.


Nessa nova cultura de convergência os valores de inovação e ineditismo alcançaram um nível de relevância que ainda não conseguimos entender, mas definitivamente já identificamos como aspiracionais.


É aí que está a grande mudança e o que acredito que seja o caminho, a verdade e a luz: vender idéias, conceitos e ideais engajantes. Não apenas produtos, benefícios e diferenciais técnicos.


O mercado precisa, definitivamente, de uma catequese.




*Leo Martinez é Diretor de Criação da agência V + Z e membro do Conselho de Promo do Clube de Criação do Rio de Janeiro.